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5 minutos com… Lea, Trader de Oleaginosas

November 7, 2018

Opolo, diz Lea Siboni, dealer de oleaginosas da Louis Dreyfus Company (LDC), é um dos maiores prazeres da vida. Esse esporte também a ensinou muitas habilidades que ela utiliza em seu trabalho.

“Negociar é um trabalho de equipe”, diz a jovem francesa. “O polo também é!”, sorri. “Antes do jogo, definimos uma estratégia, planejamos e procuramos os pontos fortes e fracos. Isso é o que eu amo nesse esporte.”

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Amazona desde muito jovem, Lea queria ser veterinária. Com o passar do tempo, ela se interessou por engenharia e decidiu estudar agronomia na Universidade de Nancy. Ao se aproximar do final de seus estudos, ela participou de um programa de intercâmbio na Argentina, onde, em 2010, ingressou na LDC primeiro como trainee e, depois, como trader de oleaginosas.

A LDC é um dos principais players em oleaginosas, originando, processando, armazenando, transformando e comercializando uma grande variedade de produtos. Um bom trader, diz Lea, precisa entender todas as etapas do negócio, da originação ao destino, superando os desafios de execução operacional ao longo do caminho. E tudo isso “tentando entender o quadro maior para posicionar o negócio da melhor forma”.

A LDC Argentina foi o lugar perfeito para aprender essas habilidades: “Você está muito perto do negócio, da originação, dos agricultores e dos parceiros, então você tem a oportunidade de aprender um pouco de tudo em um só lugar”.

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Lea foi transferida para Genebra há dois anos e meio, e lá suas responsabilidades aumentaram muito. A exemplo do polo, no comércio, Lea ingressou em um campo que é tradicionalmente masculino.

“Não é segredo algum que não há muitas mulheres traders. Assim como não há muitas mulheres que jogam polo”, comenta. “Mas por algum motivo foi para aonde a vida me levou.”

Lea traça muitos paralelos entre seu esporte favorito e sua vida cotidiana. No caso dela, uma série de decisões tomadas com calma, informação e confiança marcaram sua carreira. Sua profissão é frequentemente associada a altos níveis de adrenalina, mas ela tem uma definição assertiva sobre seu papel.

Quando questionada sobre o que é um dia estressante no trabalho, ela diz que é “quando muitas coisas dão errado”.

“Mas eu sabia disso quando aceitei o cargo, e estar ciente de que isso é parte normal do meu trabalho é o que me mantém calma”, diz. “Concentro-me em como resolver o problema com perda mínima de dinheiro.”

No início deste ano, Lea recebeu um telefonema da Federação Europeia de Polo. Perguntaram se ela gostaria de se juntar à equipe francesa no primeiro Campeonato Europeu Feminino do esporte.

A maioria das pessoas não achava que a equipe francesa iria muito longe na competição. Elas não tiveram a oportunidade de treinar muito juntas. Entre as quatro, somente uma – a capitã da equipe – é jogadora profissional.

Novamente, a estratégia e o trabalho em equipe fizeram a diferença.

“Tivemos a sorte de nos entendermos muito bem em campo.”

A equipe conquistou o segundo lugar no campeonato, depois de disputar quatro partidas em apenas dez dias.

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