Como fibra natural, o algodão é renovável e biodegradável e, assim, bem mais sustentável do que tecidos sintéticos, muitos dos quais feitos à base de petróleo.  

Com muitos varejistas de roupas em todo o mundo levados à falência, vimos um efeito cascata em toda a cadeia de fornecimento à medida que as fábricas têxteis interromperam abruptamente suas operações e tentaram cancelar contratos.  

Quando a cadeia de fornecimento global desacelerou, a LDC aproveitou sua significativa rede de depósitos para manter o estoque, compensando, assim, o impacto dos atrasos nos contratos. Também nos esforçamos para honrar todas as obrigações de compra em vigor com nossos fornecedores, cumprindo nosso papel como parceiro de confiança em um momento de crise no setor. 

Lançada nos Estados Unidos em 2019, esta iniciativa está desenvolvendo metas quantificáveis e verificáveis para a produção sustentável de algodão e busca impulsionar a melhoria em seis métricas de sustentabilidade principais: uso da terra, carbono do solo, gestão de água, perda de solo, emissões de gases de efeito estufa e eficiência energética. 

O CTP visa a verificação por terceiros em uma parte do programa para fornecer dados reais de sustentabilidade e fará isso ao combinar um sistema de transferência de crédito exclusivo e a atribuição de códigos de barras individuais a cada fardo de algodão cultivado nos Estados Unidos, fornecendo rastreabilidade total da fazenda à usina.  

Esses processos foram desenvolvidos em 2020, e a fase piloto está quase concluída. Com vários produtores aderindo a cada dia, o programa logo alcançará uma massa crítica, e a adesão das marcas e dos varejistas também foi rápida.  

A LDC continua a ajudar a estabelecer o CTP e espera auxiliar em sua implantação global nos próximos meses. 

Em 2020, a LDC capacitou mais 5 mil pequenos produtores de algodão em Maharashtra, Índia, em práticas agrícolas sustentáveis de acordo com os princípios da BCI.  

Este projeto conjunto com a BCI e com a Puneet Enterprises iniciou-se em 2018 e desde então apoiou cerca de 15 mil produtores. O programa visa ajudar a aliviar ou enfrentar alguns dos desafios sociais, econômicos e climáticos relacionados à produção de algodão, como dependência de crédito, condições climáticas imprevisíveis, falta de informações técnicas e acesso ao mercado, bem como a desigualdade de gênero. 

Os participantes adquirem novos conhecimentos sobre técnicas agrícolas sustentáveis, como cultivo consorciado para melhorar os rendimentos e a produtividade, a aplicação adequada de fertilizantes e métodos eficazes de controle de pragas, bem como o papel fundamental das mulheres na agricultura e como engajar sua participação ativa na cultura do algodão. 

Os benefícios do projeto para os produtores são claros: métodos agrícolas mais eficientes reduzem os custos de cultivo em 30% a 35%, e o algodão de qualidade superior que eles produzem é comercializado por preços melhores no mercado. 

Desde 2015, trabalhamos com a Cotton made in Africa (CmiA) para capacitar os produtores de algodão da Zâmbia em boas práticas agrícolas (BPA).  

Em 2020, devido à pandemia, a LDC registrou uma queda de 25% no número geral de produtores que cultivam algodão na Zâmbia, de 69.332, na safra anterior, para 41.429. Além disso, devido às restrições de contato impostas pelo governo, aproximadamente apenas 70% desses produtores receberam capacitação completa em BPAs e em temas gerais de sustentabilidade. 

Apesar desses contratempos, até o final de 2020, nosso projeto com a CmiA havia capacitado um total de pouco mais de 114,5 mil produtores, superando em quase 15 mil nossa meta estabelecida em 2018.  

Em abril de 2020, a LDC na Zâmbia passou por uma auditoria da AfriCert (uma empresa de auditoria do Quênia), contratada pela Aid by Trade Foundation para conduzir uma auditoria de campo para determinar como a LDC está gerenciando seu programa de sustentabilidade com foco nos critérios definidos pela CmiA. 

Após a auditoria, um plano de gestão foi estabelecido para abordar todas as áreas de atenção e implementado com sucesso ao longo do ano. As medidas incluíram: 

• Maior ênfase na sensibilização dos produtores durante a capacitação sobre questões-chave: pulverização de defensivos agrícolas e proteção da saúde; maximização da qualidade da fibra e pluma; ausência de trabalho infantil na produção; ausência de grávidas ou lactantes na pulverização do algodão. 
• Maior ênfase na sensibilização de produtores, distribuidores e agentes de extensão a respeito da necessidade de contratos de produção assinados: nenhuma captura de contratos não assinados em nosso sistema. 
• Aumento da transparência em relação às Notas Fiscais de Venda a Crédito (Credit Sales Invoice, CSI, na sigla em inglês): nenhuma captura de insumos coletados por um produtor cujo CSI esteja incompleto.