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Como uma afretadora líder global, a LDC está comprometida com o embarque seguro, confiável e responsável de produtos agrícolas e reconhece o papel de influência que pode desempenhar na busca pela descarbonização do setor naval.  

Embora o transporte marítimo seja legitimamente considerado o meio de transporte de mercadorias menos prejudicial ao meio ambiente em todo o mundo, a descarbonização do setor marítimo ainda representa um enorme desafio.

As emissões do transporte marítimo internacional são responsáveis por cerca de 2% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, a queima de óleo combustível marítimo é responsável por grande parte das emissões de óxido de enxofre (SOx) do setor de transporte e por uma parcela significativa de óxido de nitrogênio (NOx) e de liberações de partículas complexas. 

“Como importante facilitador do comércio mundial, representando cerca de 80% dos fluxos globais, é fundamental que o setor de transporte marítimo aborde os impactos climáticos de suas atividades internacionais. Colaboração em toda a cadeia de valor, novas tecnologias e digitalização são fundamentais para tornar a transição para zero um sucesso.”

Sebastien Landerretche

Head de Frete

Estatísticas

Eficiência Técnica e Operacional

A teoria da mudança nos ensina a observar e agir primeiro em nossa esfera de controle e influência. Pensando nisso, os operadores de navios têm a oportunidade de reduzir o consumo de combustível – e, portanto, as emissões – dos navios que fretam, maximizando a eficiência técnica e operacional durante as viagens.

A eficiência técnica decorre de projetos hidrodinâmicos aprimorados, como novos formatos de casco e inovações feitas às hélices, ou de dispositivos de economia de energia. Este segundo grupo inclui tintas anti-incrustantes, painéis solares, dispositivos de propulsão eólica e lubrificação de ar. Algumas dessas tecnologias podem ser adaptadas durante a vida útil de uma embarcação e, portanto, permitem que navios convencionais em processo de envelhecimento façam a transição para alcançar as metas de emissões estabelecidas para 2030. 

Ao longo do ano, fizemos muitos esforços para nos reunir com especialistas em hidrodinâmica e fornecedores de dispositivos de economia de energia. Com foco na propulsão eólica, agora estamos realizando um estudo comparativo que ajudará a resolver a equação econômica com o objetivo de fazer um investimento potencial antes de 2023. 

A eficiência operacional está relacionada ao dia a dia da navegação: roteamento com o clima ideal, ajuste de velocidade e navegação aprimorada com base em um melhor entendimento e previsão das condições do mar.  

O que esses esforços têm em comum? Cooperação entre operadores e armadores, aumento do uso da digitalização por meio de medições baseadas em sensores e modelagem por computador e mais compromisso dos trabalhadores marítimos.  

Na LDC, mantemos diálogo constante com armadores, engenheiros e stakeholders em inovação tecnológica à medida que buscamos ampliar a eficiência dos navios que fretamos. 

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A Sea Cargo Charter

Em outubro de 2020, a LDC tornou-se um dos signatários fundadores da Sea Cargo Charter, uma iniciativa pioneira envolvendo diversos stakeholders que visa promover o transporte responsável e sustentável, relatórios climáticos transparentes e a tomada de decisão aprimorada de acordo com as políticas e ambições de descarbonização adotadas pela Organização Marítima Internacional (OMI).

Sea Cargo Charter estabelece uma linha de base comum para que os líderes do setor de transporte marítimo avaliem quantitativamente e divulguem o alinhamento da atividade marítima com as metas climáticas, incluindo a ambição de reduzir, até 2050, as emissões anuais totais de GEE em pelo menos 50% em comparação aos níveis de 2008, com forte ênfase na meta de emissão zero. 

Como signatária, a LDC se compromete a medir com precisão e divulgar as emissões de GEE de suas atividades de fretamento. Com base em diretrizes rígidas, avaliaremos nosso alinhamento climático em relação às trajetórias de descarbonização estabelecidas e reportaremos os resultados anualmente. Também nos comprometemos a fazer com que o cumprimento da Sea Cargo Charter seja parte contratual de novas atividades de fretamento, trabalhando com armadores e outros parceiros para atender a esse requisito.  

Esta carta é baseada na análise granular da atividade de viagem completa de um navio por meio da metodologia de intensidade de carbono do Indicador Operacional de Eficiência Energética (EEOI, na sigla em inglês). Ela deve levar a uma tomada de decisão otimizada, não apenas com relação à escolha da embarcação, mas também ao roteiro da frota. Com o tempo, ela também deve melhorar a eficiência de carbono no transporte marítimo, permitindo uma ação colaborativa direcionada nos navios por meio de eficiências operacionais e, potencialmente, incentivando a modernização técnica. 

Também acreditamos que as normas de relatórios globais estabelecidas pela carta são um passo essencial para abrir caminho para um mecanismo potencial de cobrança de carbono, caso a OMI decida seguir a mesma direção da União Europeia. 

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Medidas de Melhoria

Para que seja possível melhorar algo, acreditamos que primeiro seja necessário medi-lo. Com precisão.

Independentemente da solução técnica que a navegação escolha para substituir sua dependência atual da energia à base de carbono, haverá uma fase de transição durante a qual a eficiência da embarcação será um fator determinante.

Cada navio é único, e precisamos entender a especificidade da embarcação em vez de tirar conclusões precipitadas baseadas em seu projeto ou ano de fabricação. Por esse motivo, buscamos melhorar por meio de medições e análises precisas da cadeia de causalidade que afeta o desempenho de cada navio.  

Em 2020, intensificamos nossa jornada de descarbonização iniciando um projeto com a i4 Insight, um provedor de soluções digitais apoiado pelo Lloyds Register.  

Este projeto, que deve se concretizar em 2021, alavanca tecnologias modernas, como aprendizado de máquina e dados quase em tempo real, para construir modelos precisos e sob medida do desempenho de nossos navios.  

Esses modelos permitirão que nossas equipes de Trading e Operações selecionem a forma mais eficiente de transportar os produtos da LDC da origem ao destino, com o objetivo final de reduzir nossa pegada ambiental global. 

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Código de Conduta dos Trabalhadores Marítimos

A sustentabilidade de uma cadeia de fornecimento inclui, necessariamente, o bem-estar de seus trabalhadores.

Em 2020, cerca de 300 mil trabalhadores marítimos ficaram presos no mar devido a restrições impostas nas trocas de tripulações em decorrência da pandemia da Covid-19, e algumas delas permaneceram a bordo por mais de um ano. Isso levou a uma demanda em todo o setor pelo desenvolvimento de um código de conduta dedicado aos atores da cadeia de valor do transporte marítimo que os reconheça como trabalhadores-chave e garanta seus direitos e bem-estar.

Atualmente em desenvolvimento pela Sustainable Shipping Initiative, pelo Institute for Human Rights and Business e por outros participantes do setor marítimo – a LDC entre eles –, este código deve ser publicado em junho de 2021.

Para que o código de conduta seja eficaz, mais uma vez a colaboração será essencial; a consulta completa com os armadores será uma etapa fundamental antes de qualquer implementação global. 

Existe grande ambição para este código. Ele pretende ser mais do que uma declaração de boas intenções.  

Será concreto e acionável, estabelecendo, em detalhes, as responsabilidades dos atores da cadeia de fornecimento e como a tripulação pode buscar apoio ou iniciar um processo de reclamação. 

Os navios do futuro dependerão muito de nossos parceiros no mar, que serão responsáveis pelo monitoramento de seus dados, sensores, novas tecnologias e procedimentos de segurança.  

Acreditamos que a devida consideração pelo bem-estar desses trabalhadores marítimos seja fundamental para a saúde de nosso setor e sua jornada rumo à descarbonização. 

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De Olho no Futuro

Em 2020, a adoção de novas tecnologias e o apoio a iniciativas colaborativas, como a Sea Cargo Charter, pavimentaram o caminho rumo ao nosso futuro.

O rumo para a descarbonização marítima está em andamento, pois nos unimos a outros para estimular a inovação, a cooperação mais ampla e intensa em vários fóruns e um maior engajamento com as autoridades governamentais. 

Como uma questão de urgência, acreditamos que o setor de transporte marítimo deva introduzir uma estrutura regulatória global e um mecanismo de incentivo, como um tributo de carbono, para reduzir ao máximo seu impacto ambiental. Também acreditamos que qualquer tributo sobre o carbono deve ser introduzido como norma global, idealmente regida pela OMI, para garantir que a transformação do setor naval seja sustentada por uma regulamentação global justa e harmonizada. 

Nossas principais equipes de fretamento e gestão estão localizadas em dois dos centros de navegação mais dinâmicos e inovadores do mundo: Genebra e Cingapura. A colaboração com as autoridades governamentais nesses centros é a chave para liderar ambições ousadas de descarbonização, nossas e de operadores com ideias semelhantes, e para convencer a OMI a transformar um programa concreto de tributação do carbono em uma obrigação legal global. 

Com o crescente escrutínio sobre as questões climáticas por parte do público, dos financiadores e dos próprios governos, que estão definindo metas novas e ousadas, a obtenção de apoio diplomático decisivo na OMI para tal programa permanece uma prioridade urgente para os próximos meses, de forma a garantir um futuro justo e sustentável para o setor. 

Metas

Contribuir para estudos de SSI em andamento sobre os navios do futuro

Completion: 2020

Status: concluído

Reduzir as emissões de nossa frota por tonelada-milha em 15% em comparação com 2017

Completion: 2022

Status: em andamento (dentro do cronograma)

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