Padrões climáticos extremos e em mudança trazem aos cafeicultores de todo o mundo um novo conjunto de desafios, tornando a produção muito mais imprevisível. Eventos como secas e infestações de pragas trazem mais uma camada de complicação.
No Vietnã, a LDC fez uma parceria com a IDH, a Iniciativa de Comércio Sustentável, a Jacobs Douwe Egberts (JDE) e a Syngenta para treinar mais de 4 mil cafeicultores.
O projeto estará em vigor até o fim de 2018, ensinando aos agricultores novas técnicas para ajudá-los a lidar com os efeitos adversos da mudança climática. O treinamento também aumentará a produtividade.
Os agricultores estão no centro da abordagem da LDC para a sustentabilidade do café. No Vietnã, nossos agrônomos oferecem treinamento, consultoria e outras informações voltadas às necessidades dos agricultores locais.
“Os cafeicultores são fundamentais para o sucesso e a lucratividade ao longo da cadeia de valor”, disse Hidde Eikelboom, CEO da LDC no Vietnã.
“Se os produtores puderem continuar com lucros e sendo produtivos de forma sustentável, eles vão prosseguir cultivando café no futuro.”
Novo sistema de irrigação
Um componente-chave do projeto é o desenvolvimento de 30 campos-modelo de boas práticas agroflorestais, especialmente voltadas à captação de água e irrigação.
Nguyen Van Quyen, 56, cafeicultor da província de Lam Dong, Vietnã, recebeu um novo sistema de irrigação para um talhão de terra de meio hectare. O sistema o ajuda a economizar água, utilizar menos mão de obra e a reduzir a aplicação de fertilizantes.
“Minha renda aumentou”, disse. “Agora, outros produtores querem visitar meu campo de demonstração para saber como eles também podem usar essa técnica.”
Pham Nguyen Dinh, 48, outro cafeicultor da mesma província, plantou pés de abacate e outras frutíferas. No futuro, essas árvores ajudarão a sombrear os cafeeiros, protegendo-os do calor.
Para que o projeto auxilie um número maior de agricultores, ele também foi treinado para ensinar outros produtores da região sobre consorciação de culturas, conservação da água e a respeito do uso adequado de agroquímicos.
Até o momento, o projeto já chegou a quase 2,5 mil agricultores.