Com mais de 2.000 beneficiários e 195 mil árvores plantadas, nosso projeto de agrossilvicultura na Etiópia, em parceria com a Fundação Louis Dreyfus e a PUR Projet, está de vento em popa.
Desde 2014, a regeneração de ecossistemas de café por meio da agrossilvicultura no Estado Etíope das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul tem sido a missão compartilhada da Louis Dreyfus Company (LDC), da Fundação Louis Dreyfus e do PUR Projet, um negócio social que trabalha com empresas para regenerar ecossistemas dos quais dependem.
Com o objetivo de aumentar a resiliência dos cafeicultores às mudanças climáticas, o programa foi elaborado em colaboração com agricultores e comunidades locais, que foram treinados em sistemas de agrossilvicultura voltados à regeneração de solos e abastecimento de lençóis freáticos, prevenção de secas e, por fim, melhoria dos meios de subsistência na região, onde o café representa de 90% a 100% dos rendimentos familiares.
Um dos métodos comprovados envolve plantar árvores dentro e ao redor das plantações de café para proteger as lavouras graças à sombra que proporcionam, o que reduz o impacto dos padrões climáticos em mudança. Auxiliados por especialistas técnicos, os agricultores se apropriaram do programa rapidamente: escolheram e plantaram árvores nativas, cuidaram e monitoraram elas, e sistematicamente replantaram aquelas que morreram. Graças à agrossilvicultura, eles conseguiram gerar renda adicional a partir das plantações e melhorar a qualidade de seu café, enquanto preservam os ecossistemas regionais.
O projeto também forneceu fogões de cozinha melhorados que não dependem da queima de biomassa para cozinhar diariamente, reduzindo assim as emissões e fornecendo energia limpa e acessível.
Com base no sucesso na Etiópia, o projeto foi estendido para Uganda em 2018 com iniciativas adicionais de jardinagem de autossuficiência e um novo tipo de treinamento de agricultores chamado de Fórum de Teatro (Theater Forum em inglês), que reencena cenários agrícolas reais e envolve ativamente os agricultores por meio de exercícios de encenação.
“Programas como este multiplicam os resultados positivos relacionados ao solo, água, biodiversidade, renda dos produtores e qualidade do café. O capital social ganho permite que as famílias evitem a insegurança alimentar durante as estações mais difíceis do ano, o que mantém a comunidade saudável. Esperamos que o projeto beneficie mais de 6.850 pessoas e tenha 320 mil árvores plantadas até 2021, na somatória dos dois países”, afirma Rozenn Kerviel, Global Sustainability Manager do Café da LDC.