Utilizada para armazenar e transportar grãos, produzir óleo de soja, farelo e biodiesel, a unidade General Lagos da LDC iniciou suas operações há 25 anos. A instalação localizada na província argentina de Santa Fé, onde os rios Paraná e Salado se encontram,é a maior usina de produção de biodiesel de soja do mundo e conta com um dos portos privados mais importantes do país.
A operação da LDC na Argentina começou no século 19. Desde então, a LDC origina naquele país toneladas de produtos agroindustriais, que são processados e entregues em diversos destinos.
As obras de construção de General Lagos começaram em novembro de 1989. Ao construir uma usina de esmagamento na província de Santa Fé, a equipe decidiu instalar um porto no Rio Paraná, localizado ali perto.
“Começamos a fazer os desenhos, modelos e planos necessários e, em meados de 1990, começamos a construir estradas, a fazer terraplenagem, instalar unidades de armazenamento e uma linha de produção de óleo, além de construir o porto”, lembra Diego Casanova, que começou como diretor de qualidade do projeto e, hoje, é gerente regional de logística da LDC.
Quando as obras foram iniciadas, a equipe industrial de Buenos Aires se mudou para Rosário para trabalhar na montagem.
Respeito e trabalho duro
A LDC inaugurou o porto em março de 1992 e, um mês depois, chegou o primeiro carregamento.
Gerardo Franke, que em 1991 era supervisor de produção e hoje é gerente regional de indústria, se lembra da necessidade constante de planejar com antecedência para continuar crescendo: “Os anos passaram tão rapidamente. Sempre houve movimento. O complexo tinha vida própria e, desde o início, havia um som único no ar no local. Era como um zumbido constante”.
Marisa Bozzo, assistente de recursos humanos que ingressou na empresa em 1992, era a única mulher da equipe.
“Naquela época, havia cerca de 80 pessoas. Foi um desafio, mas sempre senti muito respeito e foi fácil me encaixar nas atividades”, diz.
“Eu era recepcionista e tínhamos apenas três linhas telefônicas na unidade. A comunicação era via rádio. Também utilizávamos o telégrafo e a máquina de escrever”, enumera.
Principais reformas e crescimento constante
A exemplo de outras operações da LDC na Argentina, a usina não parou de crescer. Grandes reformas em 1996 e 1997 acrescentaram novos armazéns de cereais, farelo e pellets de soja, novas instalações para descarregar vagões, e uma segunda linha de produção foi construída.
Com capacidade de produção anual de 600 mil toneladas, a unidade se tornou a maior usina de processamento de biodiesel à base de soja do mundo.
E com a LDC Argentina sendo uma das maiores empresas do país, a General Lagos se tornou seu segundo maior porto privado, por onde mais de 5 milhões de toneladas de produtos e coprodutos são embarcados anualmente.
Os navios que entram e saem do porto de hoje carregam bandeiras de lugares distantes, incluindo países como Egito, Indonésia, África do Sul, EUA e Bélgica. A unidade está mais movimentada que nunca.
“Carregar grãos em um desses navios de 40 mil toneladas leva em torno de 24 horas; o carregamento de farelo de soja pode demorar um pouco mais”, relata Daniel Cecchini, head do porto e colaborador da General Lagos há 25 anos.
Os integrantes da equipe sabem cuidar uns dos outros: “Testemunhar o aumento das atividades nos trouxe enorme satisfação”, diz Gerardo. “Mas o que mais importa para nós são nossas pessoas.”